Nem tudo o que enfrentamos pode ser mudado, mas nada pode ser mudado enquanto não for enfrentado.
A maior expressão de preconceito racial consiste, precisamente, na negação deste preconceito.
 
“Portugal não é um país racista, mas existe racismo em Portugal” (Segundo a European Social Survey) mais de 62% dos portugueses manifestam crenças racistas. Apenas 11% dos portugueses não manifestam qualquer tendência, racista …
Em Portugal, o preconceito o racial, assume as mais variadas formas e está patente nas situações mais banais do dia.
O preconceito deixa marcas profundas nas vítimas, quer físicas quer psicológicas.
A invisibilidade na sociedade e nos cargo de destaque, reflete bem o racismo estrutural…
A discriminação é hierarquizada – existirão uns que estão mais no fim da cadeia do que outros.
 não é semelhante a discriminação racial vivida entre as comunidades ciganas, africanas, e as nepalesa, paquistanesa, europa de leste, brasileira ou chinesa. 
Sobres as discussões étnico-racial tende a recair um enorme manto de silêncio  social. “ afinal o que não se fala não existe “. 
Ainda assim nem tudo são dores , é visível o crescimento de uma nova
geração progressivamente, mais escolarizadas que tende a mudar a abordagem sobres as questões raciais tornando-se mais inclusiva e iminentemente disruptiva em relação as formas de ser e de estar no que concerne as questões raciais.
Pode ser ilusório pensar que a educação é a resposta para a erradicação do preconceito racial.
Contudo, importa acreditar na educação e na escolarização, mas não há evidência de que essa seja, a solução para os problemas do racismo e da xenofobia na sociedade. 
Deixar cair o muro do receio, do medo e da hostilidade, de que, os que aparentemente não são iguais não devem frequentar os mesmos  espaços, e terem os mesmos estímulos, para um crescimento social, poderá ser a resposta ou o fecho de uma era que muitos, portugueses preocupados com a afirmação Portugal é um país racista , apenas dirão existe também racismo em Portugal. 

 


Texto escrito por Indira Fernando, advogada, doutoranda em direitos humanos, militante feminista/ e de causas minoritárias. Vive em Portugal há 6 anos.

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