Tomar a decisão de migrar, ir viver, trabalhar e estudar em um outro país é algo que pode transformar a vida de alguém para melhor, mas nem todos os migrantes acabam por viver estas mudanças da mesma maneira. Muito mais do que ter um passaporte e malas prontas, a imigração é definitivamente uma experiência única de vida, principalmente quando o motivo para essa modificação de trajetória tem influência direta na decisão de imigrar.
A visão romantizada da imigração, ir para um outro país por razões económicas, é muitas vezes um detalhe para pessoas que se arriscam a ir ao encontro do desconhecido. É comum mulheres migrarem em busca de segurança, quando vivem em contextos de misoginia, trabalho precário e violência doméstica. É normal que pessoas LGBTQIA+ busquem liberdade para existir, sem medo da violência, da discriminação ou do risco de morrer, uma vez que, quotidianamente, são muitas as vítimas em diversos países no mundo.
Para muitas mulheres e pessoas LGBTQIA+, imigrar é a saída que resta para que possam sobreviver. A pessoa migrante, em sua multiplicidade identitária, busca nada mais do que dignidade humana, igualdade de direitos e participação cívica. Busca, portanto, a possibilidade de vivenciar a cidadania, respeito e oportunidades, sem que tenha de lidar com o medo gerado por opressões que assolam de modo sistémico, e por vezes de maneira cumulativa, as suas vidas. Migração é movimento, e movimento é vida.
Texto elaborado por Delso Batista –
Direitos LGBTI
Durante décadas, séculos, as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (LGBTI) têm lutado de forma incansável pelo direito a ser quem são, seja nos seus espaços mais íntimos, seja na legítima ocupação dos espaços públicos de afetividade. Promover os direitos LGBTI é trabalhar por isso mesmo: pelo direito a amar e pelo fim de uma discriminação instalada, resistente e que condiciona diariamente – para pior – as nossas vidas.
Trabalhar pelos Direitos Humanos e LGBTI é dizer que, no espectro do arco-íris, há espaço digno, livre e pleno em igualdade para todas as pessoas, todas as famílias e todas as expressões de género. Das manifestações públicas nas ruas ao trabalho de pressão política, das campanhas de sensibilização aos serviços de apoio social e comunitário que prestamos, vemos a luta pelos Direitos LGBTI como o nosso grande desígnio. Rumo a #MuitoMaisIgualdade
ILGA Portugal.
Denuncie
É direito da mulher e das pessoas LGBTI+ a garantia de uma vida livre de todas as formas de opressão. Qualquer desrespeito que comprometa seu bem-estar pode e deve ser denunciado. Caso se identifique como vítima de violência – seja física, psicológica, financeira ou sexual – procure ajuda e denuncie!
Em Portugal existem três associações que possuem gabinetes especializados no apoio à vítima LGBTI+:
Casa Qui (Lisboa)
www.casa-qui.pt / E-mail: gav@casa-qui.pt
Associação Plano i (Matosinhos)
www.associacaoplanoi.org / E-mail: gis@associaçãoplanoi.org
ILGA Portugal (Lisboa)
www.ilga-portugal.pt / E-mail: sav@ilga-portugal.pt
A Câmara Municipal de Lisboa elaborou, em conjunto com diversas instituições, entre elas a Casa do Brasil de Lisboa, o I Plano Municipal LGBTI+ 2020 – 2021. Consulte-o aqui.
- Número Nacional de Emergência: 112
- Linha de Apoio ao Migrante: 808 257 257 (rede fixa) / 218 106 191 (rede móvel)
- Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação: 213 587 914
- Linha gratuita da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV): 116 006
- Linha Nacional de Emergência Social (LNES): 144
- Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica: 800 202 148
- Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV): 21 3802160